quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Saberes e práticas no contexto de reconfigurações curriculares - a temática africana e afro-brasileira na Educação Básica

Palestra

Saberes e práticas no contexto de reconfigurações curriculares - a temática africana e afro-brasileira na Educação Básica

Lorene dos Santos - doutoranda em Educação UFMG, Profa. da Puc Minas


Data 22 de setembro, terça feira,

19 às 21:00 horas

sala 4105

12 comentários:

  1. Mediante a importância da nova lei 11645/08 para toda a sociedade brasileira em se propor novos valores,conhecimentos da sua própria História , refletindo e desconstruindo preconceitos culturais/raciais ,tornam- se necessárias as práticas cotidianas de valorização da cultura negra brasileira/africana e indígena em todo o espaço escolar: comunidade,alunos,trabalhadores em educação.
    O estudo proposto pela professora Lorene dos Santos vem contribuir para se descobrir os dilemas e os problemas sobre as práticas efetivas dos profissionais,em específico dos professores,na escola básica,no caso: as escolas públicas da rede municipal de Contagem, Minas Gerais.
    Por se tratar o objeto de estudo de um campo de conhecimento complexo, a abordagem teórica envolve vários conhecimentos: Ensino de história - Historiografia, Educação, Antropologia e Ciências Sociais.
    Em seu trabalho,nas redes de trocas entre os professores da rede municipal, Lorene está constatando a alta incidência de práticas discriminatórias( Racismo).
    Negação da identidade negra por parte de alguns alunos,diagnóstico de baixa auto-estima de alguns negros, indisciplina e baixo rendimento escolar.Também está constatando as iniciativas,alternativas e o desenvolvimento de trabalhos feitos pelos professores para construção de valores positivos que visem a construção da identidade negra,discuta o Racismo á brasileira nas salas de aula.

    Análise crítica feita por Rômulo Bruno de Souza
    Belo Horizonte,13 de outubro de 2009

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  2. A partir das Leis 11.645\08 e 10.639\03, que alteram a Lei 9.394 de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, torna-se necessária a discussão em relação ao processo de implementação desta Lei. Isto quer dizer que, torna-se necessário analisar se a história e cultura afro-brasileira e indígena realmente foi incluída no currículo nacional e como os profissionais da educação estão abordando esta temática, bem como, se esses profissionais tiveram algum apoio ou treinamento para que soubessem lidar com situações referentes ao assunto.
    Nesta perspectiva, o estudo de Lorene dos Santos, nos ajuda a perceber as dificuldades de se colocar em prática o que é exigido pela lei, principalmente por parte dos professores, que na maioria das vezes, não tiveram o treinamento necessário para que saibam lidar com as situações cotidianas de forma natural e a ajudar os alunos a compreender a complexidade e importância do tema.
    Uma vez que, a partir de seus estudos, Lorene tem percebido nas escolas ainda há racismo, desvalorização de alunos negros ( o que acaba por deixar a auto-estima desses alunos e o rendimento escolar, baixos, uma vez que são discriminados e rejeitados no meio em que estão inseridos).
    A pesquisadora constata também, práticas positivas em relação à superação do racismo, mas, revela que ainda há muito o que melhorar em relação a esse tema, pois, os brasileiros não assumem seu racismo de forma escancarada. Os brasileiros têm um racismo disfarçado, dissimulado. Com isso, o problema do racismo no Brasil é visto como inexistente, o que muitas vezes pode agravar a situação, fazendo com que não sejam tomadas atitudes contra o preconceito em relação aos negros.
    Marina Alves Fantauzzi
    13 de outubro de 2009

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  4. ALUNA: ANA PAULA LEITE


    ANÁLISE CRÍTICA DA PALESTRA DA PROFESSORA LORENE DOS SANTOS

    A palestra da convidada Lorene dos Santos: Saberes e práticas em redes de trocas: a temática africana e afro-brasileira em questão apresenta resultados de sua pesquisa que tem o objetivo à análise da temática dos saberes e práticas africana e afro-brasileira no interior da escola. A pesquisa acontece nas escolas do município de Contagem.

    Em sua pesquisa Lorene comprova, conforme eu também penso, que embora não tão explícito como antigamente permanece a existência de práticas racistas nas escolas. O preconceito e a discriminação racial ainda existe entre toda a comunidade escolar. Lorena analisa que apesar de se passar hoje uma democracia racial, estamos longe de atingir uma verdadeira igualdade para todos os homens e mulheres.

    É relatado em sua pesquisa o índice de vários tipos de preconceitos no ambiente escolar, como por exemplo, apelidos, atitudes discriminatórias e várias manifestações de racismo em um local que deveria ser somente educacional e não construtor e divulgador de práticas racistas.

    A importância de conteúdos específicos à história e cultura africana e afro-brasileira também e exposto pela autora como elemento que contribui para elevar a auto-estima dos alunos e assim contribuir para seu bom desempenho escolar, pois como eu também acho é um ponto a mais de conhecimento da história desses grupos e também uma forma de promover a valorização dos mesmos.

    É importante investigar quais são os conteúdos e práticas que hoje prevalacem nas escolas e como estes afetam seus integrantes, em especial os alunos. Os temas das temáticas africana e afro-brasileira merecem uma especial atenção já que até hoje são analisados de forma superficial, isto quando são analisados. Faltam ainda informações, conhecimento e formas de abordagem aos profissionais da educação de como trabalhar esses assuntos.

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  5. DISCIPLINA: PRÁTICA DA LEI 11.645/08
    ESTUDANTE: JANAÍNA CRISTINA DA SILVA

    ANÁLISE CRÍTICA DA PALESTRA DA PROFESSORA LORENE DOS SANTOS

    A professora Lorene dos Santos apresenta resultados parciais de sua pesquisa de doutorado que têm como foco os saberes e práticas sobre a temática africana e afro-brasileira realizadas no interior de escolas e salas de aula, sob a recepção da Lei 10.639/03. Sua pesquisa de campo foi realizada no município de Contagem e em cima dos primeiros resultados revela um quadro de saberes e práticas docentes da comunidade local.

    Lorene relata os desafios que a implementação da Lei 10.639/03 trouxe para a realidade escolar, influenciando, dentre outros, a área do currículo, da formação e do trabalho docente. Ressalta que o currículo e a cultura escolar estão interligados e os saberes e as práticas escolares são indissociáveis, a partir daí propõe a reflexão de como o racismo é tratado na sociedade e no interior das escolas.

    De forma clara apresenta o racismo “a brasileira”, aquele que é sempre atribuído ao outro, um racismo velado, camuflado. Declara que as crianças aprendem muito rápido práticas racistas, mas demoram a entender, ver o racismo do modo brasileiro.
    É interessante ressaltar que as práticas escolares estão recheadas de atitudes racistas e isto tem se propagado na formação do futuro cidadão, um racismo camuflado, como relatou Lorene e acompanhado por um mito, que vem perpetuando por gerações, o mito da democracia racial.

    Exemplifica práticas racistas nas escolas, tais como: dificuldade de crianças negras encontrarem um par para danças como quadrilha, atribuição de apelidos pejorativos como “negrinho do pastoreio”, “carvão”, “macaco”, etc.

    Apresenta também as dificuldades de se trabalhar com a temática africana e afro-brasileira na Educação Básica. Bem como a ocorrência de embates com a reconfiguração curricular de como adaptar ou o que tirar do currículo, os conflitos e disputas na organização do tempo escolar, a necessidade de dar um novo significado a determinadas práticas como festividades em datas comemorativas, etc.

    São muitos os desafios para a implementação efetiva da Lei, em sua investigação Lorene considerou o perigo da história a serviço da positivação. Em depoimentos de professores verificou a apresentação de uma África mítica, lendária e sem conflitos. Tem ocorrido uma omissão da história da África, baseada em um viés folclorizante. A história da África tem que ser apresentada tal como é sem generalizações ou omissões.

    Seria interessante trabalhar com a temática africana e afro-brasileira nas escolas de uma forma clara, o que não tem ocorrido atualmente. Estes temas quando são trabalhados são tratados de uma forma superficial, os professores não estão preparados e ainda existem muitos tabus e dúvidas que precisam ser esclarecidos. O racismo continua sendo propagado de uma forma camuflada e velada, há um longo caminho a se percorrer em busca de uma efetiva prática da Lei 10.639/03.

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  6. Aluna: Maria Izabel S. Vasconcelos

    No dia 22 de setembro de 2009, recebemos na turma G a professora Lorene Dos Santos que nos falou sobre sua pesquisa de doutorado em educação.
    Local da pesquisa, Município de Contagem / MG – Instâncias e órgãos da Secretaria Municipal de Educação (Equipes Pedagógicas).
    Grupo Focal – professores de história que participaram das Redes de Trocas (professores que atuam em escolas do Sistema Municipal de Ensino).
    O que se “trocou” nas “Redes de Trocas”, o racismo nas escolas. Denúncias de alta incidência de práticas discriminatórias através de apelido, recusa à convivência, negação da identidade negra por parte dos alunos. Diagnóstico de baixa auto-estima de alunos negros → indisciplina e baixo rendimento escolar.
    Lorene fala da questão racial no Brasil, da perpetuação da desigualdade, do preconceito e da discriminação. É colocada a negação da identidade negra por parte dos alunos, cita vários depoimentos de alunos e professores que estão localizados nessa esfera.

    Assim como exposto por Lorene também creio que faltam vários ingredientes para ajustar o ambiente escolar nesta carência. Falta apoio, democratização e valorização da cultura negra. Há também a falta de materiais didáticos de fácil acesso, oficinas pedagógicas e práticas que valorizam a auto-estima dos alunos negros. Trazer para a sala de aula a história desses povos suas conquistas e a positivação dos mesmos.
    Percebo após a palestra da dificuldade do educador em trabalhar esses temas, de como abordar e valorizar essa cultura. Precisamos de apoio, instruções de como elevar e levar para sala de aula esse assunto, para que o professor possa de verdade levar para sua aula a valorização e o conhecimento da cultura negra-africana.

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  7. Análise Critica - Palestra Prof. Lorene dos Santos -
    Discente: Gisele Aquino

    A palestra apresentada pela Prof. Lorene dos Santos sobre os saberes e práticas em redes de troca, levanta a questão da temática africana e afro-brasileira e o que acontece efetivamente no interior da escola. Para isso a pesquisa apresenta dados analisados em instâncias e órgãos da secretaria municipal de ensino de Contagem/MG, especificamente junto às redes de trocas (professores que atuam em escolas do sistema municipal de ensino), tendo como grupo focal os professores de história participantes das redes.
    Um ponto de extrema importância, por ser um tema atual e dinâmico, diz respeito a um dos motivos que contribuiu para a situação do debate e trata justamente dos movimentos sociais e políticas de ações afirmativas sobre a questão racial, bem como as estratégias de enfrentamento do racismo. A principio, penso ser um debate coerente com a perspectiva vivenciada hoje no Brasil, cujo papel institucional dos inúmeros espaços de participação popular na tomada de decisões públicas vem produzindo vários resultados, especialmente voltados para o alargamento, pelo menos no plano formal, dos direitos sociais da população brasileira. Muito se pode dizer sobre a abertura de áreas tradicionalmente resistentes à participação social, por meio de sua atuação e mobilização, como a inclusão na agenda política nacional de temas transversais, essenciais como, raça/etnia. A mobilização da sociedade possibilitou por em marcha, a implementação de políticas públicas destinadas a enfrentar essas questões, ainda que se tenha a percorrer um largo caminho em direção a efetivação da cidadania.
    A seguir percebemos também uma análise do marco teórico da pesquisa que aponta para a historiografia e o pensamento racial em diferentes épocas, em que ocorre o protagonismo negro e movimentos sociais de denúncia e combate ao racismo. Nesse aspecto a educação coloca-se em voga, como a construção dos currículos e o processo de seleção e organização curricular, a cultura escolar e as especificidades dos saberes escolares.
    Nesse cenário, a discussão da questão racial no seio da sociedade brasileira tem maior expressividade, principalmente quando se aborda temas como a perpetuação de desigualdades e diferentes manifestações de preconceito e discriminação social, problematizadas também em situações vivenciadas no cotidiano escolar.
    Vimos a exemplificação nas discussões das redes de trocas, que o mito da democracia racial ainda reverbera, assim como citara Nilma Lino Gomes (1995):
    “A escola é uma instituição onde convivem conflitos e contradições. O racismo e a discriminação racial, que fazem parte da sociedade brasileira, estão presentes nas relações entre educadores e educandos.” (p.68).

    Através de atitudes de práticas discriminatórias relatadas, como apelidos, recusas à convivência, negação da identidade negra por parte dos alunos, diagnósticos de baixa-estima dos alunos negros, manifestados mesmo em forma de indisciplina e baixo rendimento escolar, confirma-se a prática do racismo no imaginário social que atinge negros, brancos e outros grupos énico-raciais. Nesse momento uma reflexão latente aponta para a construção de estratégias educacionais que combatam o racismo e as discriminações e que também tenham o objetivo de instaurar uma educação das relações étnico/raciais voltadas a fortalecer e despertar a consciência negra.

    GOMES, Nilma Lino. Racismo e Imaginário Social: Desdobramentos na Realidade escolar. In: GOMES, N. L. A mulher negra que vi de perto: o processo de construção da identidade racial de professoras negras. (Belo Horizonte, Macha, 1995, p.37-81).

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  8. Discente: Elaine Santos

    A pesquisa de campo da professora Lorene dos Santos, realizada no município de Contagem – MG, busca compreender as múltiplas formas com que o “saber histórico escolar” comparece na Educação Básica, recorrendo-se a aportes teóricos de diferentes campos de conhecimento, especialmente as áreas do currículo e da formação do trabalho docente, privilegiando-se as categorias analíticas “saberes escolares” e “saberes e práticas docentes”.
    Os primeiros resultados apontam para a configuração de um quadro multifacetado de saberes e práticas nucleados em torno da perspectiva de positivação da história e cultura africana e afro-brasileira.
    Lorene aborda que a introdução da temática africana, afro-brasileira e indígena não se trará apenas de um novo componente curricular, mas de trazer para dentro da escola uma temática e um debate marcados por uma longa trajetória de polêmicas e silenciamentos. Trata-se de colocar em pauta no contexto escolar uma discussão recorrente negada pela sociedade, de apostar que os currículos escolares podem se constituir em veículos de enfrentamentos das desigualdades sociais e raciais presentes na sociedade brasileira, com potencialidade para alterar hierarquias, desestabilizar relações de poder, fomentar a reorganização de forças e contribuir para o questionamento de valores e certezas historicamente construídas.
    Os debates entre os professores participantes envolveram questões diversas, evidenciando percepções e concepções acerca da sociedade brasileira e do papel da escola pública, da aprendizagem e formação dos alunos, de seus próprios processos de formação, das relações entre as escolas e as diferentes instâncias da administração pública, além de uma discussão sobre processos de seleção e organização de conteúdos curriculares, evidenciando dimensões importantes dos conflitos, disputas e negociações que fazem parte da elaboração e implementação de propostas curriculares em diferentes instâncias.
    A Lei 10.639/03 tornou obrigatório o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira em todas as escolas de educação básica brasileiras. Mais recentemente, a Lei 11.645/08 incluiu a temática indígena também como conteúdo curricular obrigatório, ao lado da temática africana e afro-brasileira. Ambas modificaram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e se inserem em um movimento mais amplo, vivenciado pela sociedade brasileira atual, em prol da ampliação de direitos sociais e conquista de cidadania.
    Lorene afirma que a emergência de uma legislação voltada a tal perspectiva, ao mesmo tempo em que contempla reivindicações históricas dos movimentos sociais, sobretudo o movimento negro, também é uma evidência do pouco cuidado que temos tido com a memória histórica de grupos que participaram intensamente da formação da sociedade brasileira. Afinal, se é necessário entrar em vigor uma lei para se ensinar história e cultura africana, afro-brasileira e indígena nas escolas brasileiras é sinal de que tais conteúdos não ocupavam muito espaço dentro dos currículos escolares.

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  10. Discente: Deiziane A. Bernardes

    Recebemos a visita da palestrante Lorene dos Santos que abordou o tema: “Saberes e práticas no contexto de reconfigurações curriculares: a temática africana e afro-brasileira na Educação Básica”. Apresentou a pesquisa acadêmica realizada no município de Contagem sobre saberes e práticas relacionadas com a temática, como ela vem sendo mobilizada nas escolas. Para isso utilizou uma abordagem teórica baseada em antropologia e práticas sociais, além de voltar para questões curriculares e formação do trabalho docente.
    Durante a palestra ao realizar a pergunta “O que está acontecendo efetivamente no interior das escolas?” Lorene chama a atenção para uma compreensão do que se passa hoje no interior das instituições e uma reflexão se a Lei 10.639/03 está realmente sendo aplicada nas práticas escolares. Sabemos que muitas são as barreiras para que o objetivo dessa lei seja concluído com sucesso, como exemplo: preconceitos da comunidade escolar e da família faltam de capacitação dos professores, adaptação da proposta como currículo escolar, enfim, práticas do cotidiano escolar que dificultam o trabalho do tema.
    Outro ponto importante da palestra foi levantado pela Lorene, na verdade uma reflexão sobre o tempo delimitado das escolas para realização dos trabalhos acerca da temática. Cito como exemplo o dia da Consciência Negra. Essa idéia de uma programação para se abordar o estudo de história e cultura afro-brasileira reforça o pouco cuidado que se tem com a memória de um grupo que teve tanta importância na formação e construção da história brasileira. O conteúdo deveria ser trabalhado durante todo o ano letivo de uma forma interdisciplinar.
    A escola é um espaço propício para a prática da democracia racial, mesmo diante da dificuldade de se trabalhar a questão da descriminação, visto que, conforme explicado pela palestrante, existe no país um “racismo a brasileira” caracterizado por “preconceito de ter preconceitos”, ou seja, os indivíduos envergonhados sempre colocam a culpa nos outros, devem ser desenvolvidos práticas pedagógicas que possam auxiliar os professores na conscientização da cultura africana como uma importante contribuição na área social, econômica e política brasileira.

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  11. A palestra realizada no dia 22 de Setembro de 2009 iniciou apresentando seu contexto sócio político, como os movimentos sociais, as pesquisas acadêmicas e a ampliação do debate sobre a questão racial.
    O objeto de investigação da pesquisa apresentada era os saberes e as práticas abordadas pela temática africana e afra brasileira, que tem sido mobilizada dentro das escolas e salas de aula da educação das relações étnico-raciais, sendo um grande desafio para o ensino de história.
    A questão racial no Brasil é marcada pelo mito da democracia racial e a perpetuação das desigualdades sociais juntamente com os diferentes tipos de manifestações de preconceito.
    A pesquisa foi realizada em Contagem, nas Instâncias e com as equipes pedagógicas dos órgãos da Secretaria Municipal de Educação, professores municipais e professores de História.
    Foram debatidas entre esses professores, várias questões sobre o racismo dentro da escola, como os apelidos, negação de identidade negra por parte dos alunos, recusa a convivência e baixa auto-estima dos alunos negros, que acaba gerando indisciplina e baixo rendimento escolar. Também foi discutido projetos e atividades em torna da comemoração do dia 13 de Maio (Lei Áurea) e 20 de Novembro (Dia da Consciência Negra).
    Foi apresentando o os materiais didáticos utilizados pelos professores, como:
    Música, vídeos, pastas, eventos e oficinas pedagógicas.
    A palestra buscou mostrar uma grande dimensão dos saberes escolares que busca positivar e valorizar o ensino de História e cultura Africana e Afro brasileira.

    Luiza Duca Martins Amâncio

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