quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Lei 11.645/08 - perspectivas e desafios do ensino de história

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

DISCIPLINA OPTATIVA - CURSO DE PEDAGOGIA


Ementa - Análise dos desafios e perspectivas do ensino de história na prática da Lei 11.645/08 (que altera a Lei 10.639/03), que institui a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana, afro-brasileira e indígena na educação escolar e prevê a obrigatoriedade de promoção de uma educação das relações étnico-raciais na educação escolar. Análise da Lei, das Diretrizes correlatas e de experiências em curso na educação escolar.

Objetivos

Conhecer o conteúdo da Lei 11.645\08 e da Lei 10.639\03, seu contexto social e político e também educacional de emergência e os desafios postos à sua recepção na Educação Escolar

Refletir sobre as formas de recepção da obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígena, africana e afro-brasileira e uma educação das relações étnico-raciais na Educação Escolar

Analisar materiais voltados à prática destas leis

Analisar recentes produções acadêmicas voltadas à compreensão dos desafios da recepção destas leis

Estratégias

Análise do conteúdo das Leis

Análise das Diretrizes Curriculares Nacionais correlatas

Análise da bibliografia recente produzida a partir da edição das leis

Análise de materiais didáticos e paradidáticos voltados à prática da lei, com foco no ensino de história

Análise de formas de recepção e proposição de trabalhos na escola voltados à prática de uma educação das relações étnico-raciais, ao ensino de história e cultura indígena, africana e afro-brasileira

Seminários temáticos voltados à problematização dos desafios da prática, recepção e qualificação destas leis

Realização de entrevistas junto a professores.as da educação básica que vêem se envolvendo em trabalhos coletivos de implementação destas leis

Realização de ciclo de conversas sobre os desafios postos pelas leis com pesquisadores do campo da Educação

Construção de um blog da turma com resultados de pesquisa, reflexões feitas durante o curso e apontamentos para a prática docente

Um comentário:

  1. Aluna: Clarisse Carvalho de Assis Costa

    Análise crítica da palestra ministrada pela professora Júnia Sales:
    “Registro da História Indígena na Escola”

    A abordagem da temática da História Indígena ainda é bastante recente na para nós, alunos do curso de Pedagogia, diante disso, a palestra “Registro da História Indígena na Escola” foi fundamental para a introdução e desconstrução de muitos conceitos já intrínsecos na maioria de nós.
    Júnia trata de questões fundamentais sobre a temática, como as teses de extermínio e retorno do indígena descaracterizado, na crença no índio passivo, puro, ingênuo, infantilizado e imutável, na simplificação e estereotipagem da cultura, na homogeneização do índio (índio idealizado).
    Para mim, especialmente, foi muito importante a crítica, feita pela professora, sobre a crença na existência de um “indígena típico”, pois sempre defendi a “proteção” da cultura indígena, para evitar uma aculturação da mesma.
    Hoje, tendo desconstruido essa ideia, entendo que as diversas culturas indígenas não necessitam desse tipo de proteção, ao contrário, fazem parte da história, são mutáveis e inseridas na sociedade.
    É necessário compreender os indígenas como sujeitos construtores de sua história, responsáveis por sua cultura. Precisamos desconstruir a ideia de índios atemporais, membros de uma cultura hermética.
    A professora traz também aspectos relevantes sobre os principais desafios para o trabalho da temática, dentre eles, me chamou atenção a emergência do cuidado para não ocorrência da “guetização indígena”. Além disso, a necessidade de ruptura com as esterotipias e mitificações, a compreensão dinâmica circular da cultura e muitas outras questões também são abordadas e mostram-se urgentes.



    Obs: Júnia, não sabia onde postar esse comentário, se estiver no lugar errado, peço que você poste novamente, no lugar certo.
    Obrigada,
    Clarisse

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